Há uma grande diferença entre ausência de sintomas e bem estar. O bem estar é consequência do grau de integração entre corpo físico e corpos sutis. A ausência de sintomas não necessariamente pressupõe bem estar. Quando temos bem estar, há vida em nossa vida, vivemos a vida além da sobrevivência, com propósitos e com sentido e com verdadeira disposição para superar as nossas dificuldades. Essas diferenças nos fazem refletir sobre o que pode ser a verdadeira cura.
É impossível ignorar a importância da espiritualidade e do nível de consciência quando falamos em saúde e bem estar. Compreender a si mesmo, abrir-se para aprendizados e novas ideias, crescer psicologicamente e espiritualmente estão entre as questões-chave diretamente ligadas ao bem estar. E também é fundamental considerar os efeitos da mente sobre o corpo, fatores psicológicos, reações emocionais às circunstâncias da vida (inclusive às doenças). Até a medicina tradicional afirma que a mente e o corpo exercem grande influência um sobre o outro. Assim, uma doença que está no físico produz stress emocional, tanto quanto perturbações emocionais afetam nocivamente o físico.
Sem uma visão holística, é impossível um tratamento genuíno, e é essa lacuna que as terapias integrativas e complementares preenchem, pois ainda é frequente, por várias razões, médicos tradicionais não abordarem questões relevantes (além de sintomas físicos) com seus pacientes.
Para irmos fundo na questão do bem estar, precisamos rever os nossos hábitos sobre como lidamos com as adversidades em nossa vida. A maioria das pessoas adquire mecanismos de defesa e estratégicas de sobrevivência de uma forma muito passiva e aleatória, ou seja, limitam-se a repetir atitudes e comportamentos (muitas vezes herdados do sistema familiar e da sociedade), apenas reagindo para sair de situações difíceis.
Essa estado autômato do ser humano é um aspecto que faço questão de enfatizar, porque, em outras palavras, muitas vezes agimos apenas com base nos nossos hábitos, sem pensarmos o que verdadeiramente desejamos plantar e colher em nossas vidas. Agimos no “piloto automático”, não nos dando conta de que esse automatismo é fruto de questões mal resolvidas em nosso inconsciente. Essas estratégias adaptativas ou de sobrevivência podem se manifestar através de impulsos, vícios, transtornos, entre outros. Aprender novas estratégias para sobreviver e viver é fundamental para o nosso bem estar e para isso precisamos encarar o que se passa nas profundezas do nosso ser ou em nossa mente inconsciente.
Não é o médico ou o terapeuta que vai dizer para a pessoa qual deve ser a nova estratégia para viver sua vida e sim ela mesma, a partir de sua vontade de descobri-la. Profissionais da saúde são facilitadores, e muitas vezes, até educadores nos processos de salvar vidas ou curar pessoas.
Curar-se é enveredar por um campo de diversos tipos de stresses biológicos tais como o stress psicológico, a deficiência nutricional, a sobrecarga alergênica, poluentes ambientais, superexaustão física, variação extrema de temperatura, contaminação microbiológica, contaminação por metais pesados, efeitos colaterais de medicamentos alopáticos, radiação de baixo nível, poluição eletromagnética, stress geopático, energias de pensamento negativo, entre outros. Por isso, é importante lembrar que além do stress emocional e psicológico, existem muitos agentes estressantes que podem afetar nocivamente o campo bioenergético humano, produzindo reações físicas que levam aos estados de doença.
Muitas influências sutis promovem estados doentios. Essas influências ocultas (muitas vezes negadas pela medicina tradicional e não identificadas em exames convencionais de laboratório) geram muito sofrimento e podem ser chamadas de miasmas, que são certos estados de energia que induzem a doenças e que são causados por perturbações sutis no biocampo humano. Os miasmas também podem ser associados a bloqueios emocionais e enfermidades espirituais.
Como afirma o médico Richard Gerber, que escreveu há muitos anos atrás o livro Medicina Vibracional – Uma Medicina para o Futuro, “as condições miasmáticas deixam o organismo num estado energético de colapso potencial do sistema ou de suscetibilidade a doenças. Os miasmas tendem a impedir o fluxo de força vital para dentro do sistema bioenergético humano e também facilitam a manifestação de muitos tipos diferentes de doenças. Esses miasmas podem ser tratados com diversas formas de terapias vibracionais que restauram o equilíbrio energético com a força vital.”
Que neste momento de grandes aflições e reflexões, forçadas pela pandemia do Coronavirus, possamos, conscientemente, a cada dia, superar nossos bloqueios emocionais e psico-espirituais crônicos em nome de manifestar o nosso Eu Superior, seja através do nosso Ego, seja através do nosso espírito e assim, reconhecermos individualmente e coletivamente a nossa própria Divindade, que talvez seja a verdadeira cura.