Geralmente os problemas são encarados como algo objetivo a ser simplesmente combatido e eliminado, e de preferência, com uma receita ou fórmula.
Mesmo quando pensamos ter resolvido um problema, lá vem outro para substituí-lo, muitas vezes bem parecido com o anterior ou disfarçado de novo. E assim vamos tocando a vida, acreditando que os velhos problemas são inevitáveis e no fundo, insolúveis. Afinal, problemas fazem parte da vida…
Sim, problemas fazem parte da vida! A questão é: qual é a idade dos seus problemas? Seus problemas são condizentes com a sua idade cronológica e com a sua atual fase de vida? Há coerência entre os seus problemas e a sua atual fase de vida? Ou seus problemas estão ligados ao seu passado, a outras idades que você já viveu?
Basta uma certa experiência de vida e uma consciência um pouco ampliada, para constatarmos que: a tática de simplesmente lutar contra os problemas não funciona. Combater e lutar fortifica os problemas, o que inevitavelmente, leva a piorá-los. Pode também levar-nos ao conformismo, a um apego a ponto de acreditarmos que nossos problemas são a nossa vida! E assim, presos aos velhos problemas, evitamos o novo e deixamos de viver a vida. Vivemos no passado ou na preocupação com o futuro.
O convite deste post é: você já refletiu sobre o papel que os problemas têm em sua vida? Você tem consciência da lógica que adota para descrever e administrar seus problemas? Você percebe o quanto seus problemas são velhos (se repetem constantemente)? Você percebe a atual função dos seus problemas?
Dentro do meu entendimento, com uma visão sistêmica, não basta combater problemas. Precisamos primeiro identificar as suas verdadeiras origens. Querer livrar-se de problemas apenas para eliminar a dor e o desconforto que nos causam é um grande autoengano. Trabalhar problemas de forma saudável requer vontade de encarar velhos problemas, curar-se deles e dar lugar a novos, que sejam coerentes com o que a vida nos oferece e com o que podemos oferecer à vida no momento presente.
Solucionamos problemas quando conseguimos avançar na vida. Problemas só fazem sentido quando aprendemos com eles, quando olhamos para o futuro e seguimos em frente. Ao aprendermos com os problemas antigos, inevitavelmente os enfraquecemos e nos permitimos entrar em novas fases, novos ciclos, que certamente trarão novos problemas, ligados aos nossos objetivos. Novos problemas surgem quando já abrimo-nos quando já nos abrimos ao novo e vivemos novas fases e ciclos de nossas vidas, quando temos vida em nossa vida e damos vida ao que fazemos. Novos problemas, dentro de uma consciência ampliada através dos aprendizados, trazem um novo sentido para a nossa vida e são superados em nome dos propósitos que nos guiam. Mas, basta querer solucionar problemas só no nível consciente? Não!
Quando temos coragem de compreender os problemas no nível consciente (seus sinais e sintomas, nossas percepções e interpretações sobre eles) e, principalmente, no nível inconsciente (o que é invisível no problema, o que está por trás do problema) é que somos capazes de lidar saudavelmente com eles. Pois é no inconsciente que reside a nossa verdadeira força.
Os seus problemas são antigos, se repetem em sua vida? Se sim, certamente você é prisioneiro (a) deles, o que significa que você, inconscientemente, é prisioneiro principalmente dos seus traumas não resolvidos. Em outras palavras, seus problemas que parecem atuais, na verdade, são problemas do passado que não puderam ser resolvidos através de adultos saudáveis (inclusive você). E então, é impossível viver o seu presente porque você ainda está preso ao passado. Problemas que se repetem são sinais de que estamos presos no passado: presos a traumas, crenças, certezas, dinâmicas familiares e relacionamentos doentios, entre outras origens.
Para enfrentar problemas, temos que parar que nos afundar cada vez mais no buraco que cavamos (inconscientemente) por focar no problema e nas interpretações que fazemos dele e começar a aprender a construir a escada que nos permitirá sair desse buraco. Assim, podemos entrar em contato com a verdadeira realidade e largar (sugestão para a palavra “abandonar” ou “deixar”) as realidades ilusórias que criamos a partir de medos, fugas ou esconderijos em relação aos nossos traumas. Enfrentar problemas implica em despertarmos para os equívocos das nossas interpretações e para novas óticas.
Reconhecer que problemas não são aquilo que o nosso rigor lógico, formado por educação e cultura, nos impõe já é um grande primeiro passo para solucioná-los, especialmente os velhos problemas. E também é um grande ato de amor: colocar amor onde existe medo, colocar confiança onde existe conformismo e justificativas inúteis, que vêm do consciente. E não tenha dúvida: se tivermos coragem, somos capazes de dar esse salto!
Uma avaliação vibracional pode lhe ajudar a compreender o que está por trás dos seus problemas e lhe dar uma luz para novas possibilidades de atitude e ação (manter o plural com “atitudes “ações”) que lhe permitam escolher caminhos de soluções e auto cura de traumas para finalmente avançar em sua jornada de vida.
Leia também: A importância da mente e da consciência ampliada no processo de cura
e também: Terapia: escolhendo a melhor para você